sexta-feira, 26 de agosto de 2011

37% dos municípios do PR apresentam déficit quanto à oferta de água. Os municípios de Boa Vista da Aparecida, Nova Prata do Iguaçu, Três Barras do Paraná terão que adotar um novo manancial.


Um estudo divulgado pela Agência Nacional de Águas, mostra que 5.565 municípios brasileiros, ou seja, 55% poderão ter déficit no abastecimento de água. Desses, 84% necessitam de investimentos para adequação de seus sistemas produtores e 16% precisam de novos mananciais.

No Paraná, a companhia estadual, Sanepar, opera os sistemas de água de 343 de municípios (86%). Mas, no entanto, 37% das sedes urbanas paranaenses apresentam algum déficit quanto à oferta de água, considerando a disponibilidade hídrica dos mananciais ou a capacidade dos sistemas de produção de água para o atendimento das demandas futuras.
O documento prevê investimento aproximado no valor de R$ 644,5 milhões apenas no estado, já o país precisará investir prioritariamente R$ 22 bilhões até 2015 para garantir abastecimento de água. Dentre 126 municípios paranaenses que terão que adaptar o sistema de abastecimento existente está: Capitão Leônidas Marques, Santa Lúcia e Boa Esperança do Iguaçu, sendo que os dois primeiros possuem manancial subterrâneo, já o último superficial/ misto. Vinte municípios deverão adotar um novo manancial, já o restante -253 municípios - apresentam um sistema satisfatório. Nesse perfil enquadram-se os municípios de Boa Vista da Aparecida, Nova Prata do Iguaçu, Três Barras do Paraná e Lindoeste.

A região sul totaliza R$ 2 bilhões em investimentos distribuídos em 483 sedes urbanas (16% do universo dos municípios que requerem investimentos). A maior parte dos recursos (R$ 1,7 bilhão ou 85% do total) destina-se à ampliação de sistemas produtores, sendo que R$ 835,6 milhões serão aplicáveis à exploração de mananciais subterrâneos para atendimento a 276 municípios, geralmente de pequeno porte distribuídos na região oeste dos estados do Sul e coincidentes com as formações vulcânicas e do aqüífero Guarani. No segmento enquadrado por Capitão, prevê o investimento de R$ 129 milhões 790 mil reais, já o superficial / misto R$ 219 milhões 150 mil reais.