O plantio do feijão das águas na região do Vale do Iguaçu já começou. O Vale do Iguaçu compreende os municípios Capanema, Realeza, Nova Prata do Iguaçu, Boa Esperança, São Jorge D´Oeste e Cruzeiro do Iguaçu. Nestes municípios, tradicionalmente, o clima é mais quente e os produtores aproveitam para semear por primeiro o feijão. O ciclo do feijão é de 90 dias, por isso, em novembro as primeiras lavouras já estarão sendo colhidas.
Para esta safra devem ser plantados na região de Francisco Beltrão aproximadamente seis mil hectares de feijão - a maioria preto - e a produção poderá chegar a 12 mil toneladas. Antoninho Fontanella, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), do núcleo da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), diz que a área será idêntica à do ano passado. Ele diz que após as chuvas o plantio deverá ser intensificado.
Antoninho considera pequena a área de seis mil hectares se comparada com as safras da década de 80, quando se cultivava até 100 mil hectares. A safra de feijão das águas é feita basicamente por agricultores familiares, que ocupam pequenas áreas. A produtividade esperada é de duas mil sacas por hectare.
As condições climáticas desfavoráveis, a redução do consumo interno do produto e o preço da saca são alguns dos fatores que explicam a retração no plantio de feijão no Sudoeste. A saca de feijão carioca está variando de R$ 70 a R$ 80 e o preto de R$ 50 a R$ 60. O preço mínimo da saca está estimado em R$ 80 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este valor, aliás, é o preço mínimo.
JB.
