terça-feira, 13 de setembro de 2011

População do Sudoeste cresce, mas pouco


O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na semana passada a projeção 2011 da população de todos os municípios brasileiros. O Sudoeste do Paraná apresentou uma pequena variação, se comparada aos anos anteriores. De 2010 para 2011, foram registradas 4.110 pessoas a mais, o que dá apenas 0,7%. De 2007 a 2010, por exemplo, o crescimento anual da população era de 6.767 moradores (1,1%).
O município que apresentou maior variação absoluta de população foi Francisco Beltrão, que tinha 78.804 habitantes em 2010 e passou a ter 79.850 em 2011. Houve uma variação de 1.046 pessoas, o equivalente a 1,30% do total. O crescimento representa 25,4/5 do total absoluto da região. Pato Branco, o segundo que mais cresceu de um ano para o outro, corresponde a 21,6% dos 4.110.
Santa Izabel D´Oeste foi o município que mais chamou a atenção no crescimento populacional. Em 2010, eram 12.825 habitantes. Neste ano, com a projeção, foram somados outros 416 munícipes, ou seja, 3,14% do total. Para Clóvis Sponchiado, responsável pelo setor de planejamento do município, a geração de empregos tem sido o principal atrativo para os moradores que vêm de fora. “O município vive um bom momento, muitas indústrias estão sendo criadas. Isso tem trazido muitas pessoas para cá. Nós temos um hospital público de qualidade, isso também é um atrativo para os moradores de fora”, avalia.
Dos 42 municípios da região, 24 apresentaram variação negativa. Barracão vive uma situação um pouco mais complicada. Em 2010, o município tinha 9.957 habitantes. Neste ano, esse número caiu para 9.766, ou seja, 191 pessoas a menos.
 Como é feita a projeção
Segundo Paulo Roberto de Freitas, diretor do escritório do IBGE em Francisco Beltrão, essa projeção feita pelo instituto avalia dois pontos. O primeiro é o saldo entre as pessoas que nascem e as que morrem em cada município. Isso gera um resultado, que é avaliado junto com o crescimento da população no município nos últimos anos. “Nós temos uma série de fatores a serem avaliados nestas projeções. É claro que não se tem uma precisão como acontece no Censo, mas já serve como base para acompanhar a evolução”, afirma Paulo de Freitas.
Um dos motivos que deixam todos os municípios brasileiros atentos a essas projeções do IBGE é que os números servem como base de cálculo para saber o índice do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Caso a população aumente de forma considerável, o município sobe de nível e passa a receber uma verba maior.
A Amsop (Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná) está fazendo a avaliação dos 42 municípios para saber as novidades do FPM 2011. O índice de cada município deve ser divulgado nos próximos dias.