quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ventos de até 100 km por hora castigam o interior do Paraná. ...Em Santo Antonio do Sudoeste perto de 100 casas foram destelhadas


Doze dias depois que um vendaval provocou prejuízos na região de
Marechal Cândido Rondon, o Oeste do Paraná é novamente castigado pelo fenômeno. Ventos de até 90 quilômetros por hora assustaram moradores de Nova Aurora, Foz do Iguaçu, Rondon e de outros municípios
. Um brasileiro morreu em Cidade do Leste, no Paraguai. Moradias e pontos comerciais tiveram o telhado parcial e integralmente destruídos em Nova Aurora, município a 70 quilômetros de Cascavel. A chuva seguida de vento forte atingiu a região por voltada das 14h20. Uma loja de materiais de construção foi destruída.
O prejuízo é de R$ 60 mil, diz o dono, José Wilson Vicentin.
Árvores foram arrancadas e parte dos sistemas de comunicação
e de energia elétrica foi afetada. A torre de transmissão de uma rádio foi derrubada.
O vendaval também destelhou algumas casas nos municípios de Marechal Cândido Rondon.Os estragos também foram pequenos
na região de Foz.

Já em Cidade do Leste, no Paraguai, um brasileiro acabou morto em conseqüência do vendaval de ontem à tarde. Jacinto Cataldi, de 46 anos, que morava em Minga Porã, sofreu uma descarga elétrica quando manipulava fios de uma rede distribuidora de energia quando o temporal começou.

Em cidades do Sudoeste do Paraná, os ventos chegaram aos 100 quilômetros por hora. Foi o que ocorreu em Santo Antônio do Sudoeste, onde cem casas ficaram destelhadas e pelo menos 600 pessoas tiveram algum tipo de prejuízo.

Bastou menos de um minuto pra deixar um rastro de destruição e pânico em moradores de Santo Antonio do Sudoeste. Nesta terça-feira (09), pouco depois do meio dia, um vendaval atingiu o município destelhando residências nas Ruas Parigot de Souza e Duque de Caxias, na área central da cidade.
A situação deixou moradores amedrontados e três pessoas se feriram atingidas por estilhaços de vidro e pedaços madeira. A Defesa Civil foi acionada e prestou atendimento às famílias atingidas.
Além da distribuição de lonas, foi providenciada a remoção de algumas famílias, aquelas em situação mais critica, para abrigos na cidade. De acordo com o Soldado Adelar Demarco, Supervisor do Bombeiro Comunitário, mais de 100 (cem) residências foram atingidas.
Um prédio de dois pavimentos teve sua estrutura comprometida e foi interditado pela Defesa Civil. A família que morava no apartamento do segundo andar foi retirada do local por medida de segurança. No primeiro piso, onde funcionava uma sorveteria, também houve prejuízos.
Além do estabelecimento comercial, parte da sala funcionava como residência para a família do comerciante João Paulo Cogo. Ele conta que seus filhos estavam se preparando para ir à escola, enquanto preparava o almoço. Segundo ele, tudo aconteceu muito rápido.
Situação pior foi a do aposentado Nelson Tonello, 72 anos, morador na Rua Duque de Caxias. A cobertura de sua casa foi arrancada inteira e arremessada há mais de dois quilômetros. Tonello disse que nunca presenciou algo parecido.
Nos demais municípios da região de fronteira e no restante do Sudoeste nada foi registrado, conforme constatado junto a Coordenadoria Regional de Defesa Civil, sediada em Cascavel. Após ser concluído o relatório de estragos, a Defesa Civil deve encaminhar um documento aos órgãos competentes para que as famílias atingidas possam receber auxílio na reconstrução do que foi danificado.

Fonte: Jornal O Paraná e Portal RBJ