quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Vereador de Três Barras do Pr sugere o toque de recolher contra vandalismo

Fonte: Jornal O Paraná

É preciso ter sorte para encontrar em funcionamento um único dos telefones
públicos instalados no perímetro urbano de Três Barras do Paraná. Dois ingredientes compõem o cenário: o vandalismo e a demora da operadora em recuperar os estragos. A situação chegou a um ponto tão crítico que forças organizadas e a comunidade consensuam que chegou a hora de adotar providências d e f i n i t i v a s para solucionar o impasse.

O presidente da Câmara de Vereadores, o peemedebista Valmir Schlinckmann,

diz ter parte da solução: decretar toque de recolher para jovens e adolescentes a partir das 23 horas. O empresário Aílson Fernandes já perdeu a conta de quantas pessoas por dia chegam na sua loja para pedir informações sobre a telefonia pública.

Aílson reconhece que combater o vandalismo deve ser a primeira providência para minimizar o problema, mas a operadora que faz a manutenção (OI) também precisa atuar com mais agilidade e capricho. Segundo ele, além do gancho quebrado e do sumiço de fios, a cabine do orelhão ao lado de sua empresa está suja e deteriorada.

PERFIL PRIMÁRIO
O volume de pessoas que precisam desse recurso de comunicação é grande em Três Barras.
A telefonia celular dá sinal apenas no centro da cidade e como o município é basicamente agrícola, muitos se deslocam do interior para usar o telefone público para falar com parentes, amigos e até para dar encaminhamento a negócios e resolver emergências.

“Sem uma estrutura de orelhões confiável, o município perde muito”, segundo o secretário de Turismo, João Batista de Oliveira. “Na quinta-feira, recebi um amigo revoltado.

Ele parou em seis orelhões e nenhum funcionava. Precisamos encontrar logo uma solução, porque o quadro é grave”. Darci Chiapetti trabalha há cinco anos como taxista e tem o telefone público ao lado do ponto central como um meio de trabalho. “Infelizmente, nem sempre ele dá linha”.. Darci entende que o poder público, os comerciantes e as famílias vizinhas podem contribuir para diminuir a gravidade do cenário. “Basta denunciar os vândalos à polícia”.

TOQUE DE RECOLHER

O presidente da Câmara de Vereadores, Valmir Schlickmann (PMDB), reconhece que a situação exige uma medida dura. “Boa parte do problema somos nós que temos de resolver, porque se não houvesse vândalos o patrimônio público, como orelhões, luminárias, praças e prédios destinados à coletividade, não seriam tão constantemente atingidos”.

Valmir defende duas medidas como urgentes para reverter o quadro: utilizar a escola como um ambiente educador-preservacionista e a adoção do toque de recolher, que iniba a presença de jovens e adolescentes nas ruas e em locais públicos depois das 23 horas. “A medida pode parecer dura, mas diante das notícias e do crescimento da violência que toma conta do País, entendo que essa possa ser uma saída interessante”. Valmir Schlickmann pretende amadurecer o tema em conversa com o prefeito Gerso Gusso, com vereadores e  com toda a comunidade. Além de reduzir ataques ao patrimônio público, que custam caro ao contribuinte, o município estaria diminuindo também seus índices de criminalidade”, segundo o peemedebista.